Luis
Nassif
Há
duas posturas contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff: um pequeno grupo dos
que aprovam o governo em qualquer hipótese; e o grupo dos que, mesmo sendo
críticos em relação a ele, encaram o impeachment como golpe contra a
democracia.
De
fato, significaria tirar do país o único grande diferencial positivo em relação
aos demais emergentes: uma democracia que se acredita consolidada.
***
Tem-se,
em uma das pontas, um exército disposto a tudo para derrubar o governo. Fazem
parte dele uma oposição que perdeu o rumo, autoridades judiciais, como Gilmar
Mendes, falsos varões de Plutarco como Aécio Neves e Agripino Maia, uma mídia
enlouquecida, disposta a tudo, até a desorganizar totalmente a economia por um
governo que a salve de uma crise estrutural.
***
Na
outra ponta, tem-se um governo politicamente tão incompetente e sem ação como
nunca se viu na história do país após a Segunda Guerra.
Os
golpes são anunciados com meses de antecedência e não se vê uma medida sequer
da parte do Palácio, quanto mais uma estratégia pensada.
A
manutenção de José Eduardo Cardozo no cargo de Ministro da Justiça é
incompreensível. Trata-se do pior Ministro da Justiça da história em uma das
fases politicamente mais conturbadas. AQUI
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