Por Fabio de Oliveira Ribeiro
Todos os portais de internet trazem estampada hoje a notícia
que servirá de leitmotiv para a semana que vem:
“Datafolha: reprovação a Dilma bate recorde e chega a
65%"
De acordo com o levantamento, essa taxa de reprovação é a
pior desde o ex-presidente Collor em setembro de 1992.
A impopularidade de Dilma Rousseff é teatralmente noticiada
com preocupação. A imprensa quer convencer o respeitável público que está
realmente preocupada com a fragilização política da presidência do Brasil.
Melhor faria se comemorasse sua vitória, pois não é segredo que a maioria das
empresas de comunicação apoiou Aécio Neves e lamentou profundamente a derrota
eleitoral do PSDB. Além disto, desde o início do ano jornalistas influentes
encenam um “terceiro turno” e se esforçam para destruir o PT, para comprometer
a imagem de Dilma Rousseff e, sobretudo, para criar as condições indispensáveis
ao Impeachment muito desejado pelos tucanos e pelos próprios barões da mídia.
Isto explica porque a imagem da presidenta foi agora deliberadamente ligada à
de Fernando Collor no momento em que ele foi deposto.
Há, portanto, três fatos nesta notícia:
1- Dilma Rousseff é temporariamente impopular;
2- A imprensa teve êxito na sua campanha para transformar em
derrota imagética a vitória eleitoral do PT:
3- A suposta preocupação da imprensa com a impopularidade da
presidenta é apenas uma artimanha para esconder a alegria sentida em razão da
vitória política almejada, perseguida e obtida.
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