quinta-feira, 21 de maio de 2015

O RADIALISTA ARISTEU QUEIROZ E OS COMERCIAIS

Feira ontem
Filho de Jacobina com passagem pelo Rio de Janeiro, Aristeu Queiroz que faleceu em junho de 1976, viveu a chamada fase de ouro do rádio feirense, de tempos idos, quando existiam apenas duas emissoras: Rádio Sociedade e Rádio Cultura.
Com o advento dos “jingles”, Aristeu era o radialista preferido para gravar comerciais. Tudo por conta do sucesso que fazia cantando suas composições nos programas de auditório das duas rádios, o da Rádio Sociedade era no antigo edifício “Capirunga” na  esquina da Fróes da Motta.

Violão em punho muitas foram as vezes que Aristeu fez o auditório chorar contando as desventuras da ceguinha que vivia pedindo esmola na porta da Igreja Senhor Passos:
“Ai, quem não vê a luz do dia; Chora, chora de agonia...”

Foram inúmeros os comerciais feitos por Aristeu. O da “Casa das Borrachas”, de seu Dionísio, ainda existente na Mal. Deodoro, foi um dos primeiros:
- “Motorista atenção; tudo o que você precisa para o seu caminhão; artigos de borracha; acessórios também;  a Casa das Borrachas tem”,

Surgiu na cidade pelas bandas da Serraria Brasil, a Indústria de Refrigerantes Angyl. Seu comercial invadiu os lares feirenses pelas ondas das duas emissoras e na voz de Aristeu:
- “Refrigerantes só Angyl; os melhores fabricados no Brasil. Laranja Citra e Guaraná  Mirim; Gasosa boa  pra  você e pra mim...”

Fundador da Rádio Sociedade e do jornal A Gazeta, Pedro Matos se candidatou a deputado estadual. Óbvio que coube a Aristeu compor e gravar a mensagem eleitoral:
- “O Brasil está sofrendo minha gente; Precisamos combater esta aflição; Eu pergunto quem não sofre, quem não sente; Esta hora que tortura o coração; Nosso povo sempre foi independente; Trabalhando pela glória do país; Deste povo nasce um homem competente; Sertanejo que ampara o infeliz;  Este homem é Pedro Matos; Nova força da batalha nacional;  Candidato a deputado estadual”.

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