Feira ontem
Filho de Jacobina com passagem
pelo Rio de Janeiro, Aristeu Queiroz que faleceu em junho de 1976, viveu a chamada fase de ouro do rádio
feirense, de tempos idos, quando existiam apenas duas emissoras: Rádio
Sociedade e Rádio Cultura.
Com o advento dos “jingles”,
Aristeu era o radialista preferido para gravar comerciais. Tudo por conta do sucesso
que fazia cantando suas composições nos programas de auditório das duas rádios,
o da Rádio Sociedade era no antigo edifício “Capirunga” na esquina da Fróes da Motta.
Violão em punho muitas foram as
vezes que Aristeu fez o auditório chorar contando as desventuras da ceguinha que
vivia pedindo esmola na porta da Igreja Senhor Passos:
“Ai, quem não vê a luz do dia; Chora, chora de agonia...”
Foram inúmeros os comerciais
feitos por Aristeu. O da “Casa das Borrachas”, de seu Dionísio, ainda existente
na Mal. Deodoro, foi um dos primeiros:
- “Motorista atenção; tudo o que você precisa para o seu caminhão; artigos
de borracha; acessórios também; a Casa
das Borrachas tem”,
Surgiu na cidade pelas bandas da
Serraria Brasil, a Indústria de Refrigerantes Angyl. Seu comercial invadiu os
lares feirenses pelas ondas das duas emissoras e na voz de Aristeu:
- “Refrigerantes só Angyl; os melhores fabricados no Brasil. Laranja
Citra e Guaraná Mirim; Gasosa boa pra
você e pra mim...”
Fundador da Rádio Sociedade e do
jornal A Gazeta, Pedro Matos se candidatou a deputado estadual. Óbvio que coube
a Aristeu compor e gravar a mensagem eleitoral:
- “O Brasil está sofrendo minha gente; Precisamos combater esta
aflição; Eu pergunto quem não sofre, quem não sente; Esta hora que tortura o
coração; Nosso povo sempre foi independente; Trabalhando pela glória do país;
Deste povo nasce um homem competente; Sertanejo que ampara o infeliz; Este homem é Pedro Matos; Nova força da
batalha nacional; Candidato a deputado
estadual”.
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