da Folha
Passos além,
por Janio de Freitas
A reação de Renan à Lava Jato faz compreender sua ideia de
exigir nova sabatina para ministros do Supremo
A fase da hostilidade pela hostilidade contra Dilma e o
governo, para afirmação de liderança sobre o que há de pior no Congresso, está
superada, ou quase. Substituída por algo mais baixo, claro, já que se passa na
atual composição do Congresso. Começa a predominar uma conduta bastante
mencionada no Código Penal, que, no entanto, não chegará a ser invocado como
resposta por insuficiência de seriedade nacional para tanto.
Com o retorno dos 75 anos, e não mais 70, para aposentadoria
compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado,
Renan Calheiros, produziu uma ideia oportuna: exigir que os ministros passem
por sabatina e aprovação do Senado, como fizeram para entrar no Supremo, a
pretexto de se tratarem os cinco anos de nova investidura.
Renan Calheiros está sob investigação no Supremo, no rol de
políticos envolvidos nas delações da Lava Jato. A reação de Renan não se
limitou a negar o envolvimento e oferecer-se para esclarecimentos. Acusou o
governo de mandar incriminá-lo, portanto acusou Rodrigo Janot, o juiz e os
procuradores de subserviência e improbidade. De quebra, acusou o ministro Teori
Zavascki de servir a essa trama, ao autorizar a investigação. A reação de Renan
Calheiros oferece uma medida preliminar da sua preocupação com o caso, ou seja,
com seu possível resultado. O histórico de Renan Calheiros ajuda a compreender
a sua preocupação. CONTINUE LENDO
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