sábado, 4 de abril de 2015

O BRASIL MUDOU, A MÍDIA NÃO!

Por Miguel do Rosário

A gente que analisa o dia a dia da política brasileira, num viés progressista, às vezes fica muito preocupado com os rumos que as coisas parecem tomar.
Assistir a um monte de idiotas tomarem as ruas pedindo intervenção militar, em pleno 2015, é dose, por exemplo.
Assistir à mídia, em pleno 2015, mergulhar numa histeria udenista ainda mais forte do que aconteceu em 1964, manipulando como se não houvesse amanhã, é outra coisa que nos angustia.
Entretanto, há um fator político que deveria nos tranquilizar. Nasceu uma massa crítica no Brasil. O artigo que reproduzo abaixo, da professora Ângela Carrato, da Universidade Federal de Minas Gerais, é a prova disso.
As manipulações midiáticas fazem um enorme estrago no debate político, mas a quantidade de pessoas tomando a pílula vermelha e pulando fora da matrix é algo que também deveria ser motivo de orgulho.
E isso acontece sobretudo nos meios mais críticos e mais inteligentes, nas universidades. O discursinho de Globo e Veja não cola mais nesses ambientes.
Jornalistas dos grandes meios não podem mais botar os pés nos meios acadêmicos sem serem amplamente vaiados pelos estudantes e, em silêncio, também pelos professores.
Aliás, por isso a mídia quer voltar ao poder, para se vingar das universidades públicas, matando-as com falta de verbas.
Ou alguém acredita que a mídia, quando governar o país através de seus fantoches tucanos, vai deixar que a universidade brasileira continue produzindo massa crítica e análises contrárias a seus interesses?

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