Por Fernando Brito
O velho Leonel Brizola, entre
as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a
política ama a traição, mas abomina o traidor”.
Não que eu ache que dissentir
de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário,
corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que
possa se sobrepor a isso.
Em geral, permanecer onde não
se quer estar leva a um comportamento de ódio e rancores como este que exibe a
senadora Marta Suplicy.
Afastar-se do PT é seu
direito. Atacar os companheiros de uma vida inteira de quem, agora, “descobriu”
divergir, é outra.
Se é, como se especula, a
ideia de voltar a candidatar-se à Prefeitura de São Paulo o que a move, pior
ainda.
Marta, infelizmente, já
deveria saber que foi, como candidata,
desprezada pela direita e agora
caminha para sê-lo pela esquerda.
Deveria lembrar-se da derrota
para Serra, em 2004.
Com uma boa gestão na
Prefeitura, nem assim conseguiu, marcada pela “chaga” do petismo, alcançar boa
votação entre a classe média alta e a elite paulistana, malgrado suas origens
aristocráticas.
Lula não a hostilizou nas
prévias petistas em 2006, onde ela foi derrotada por Aloízio Mercadante. Ao
contrário, abrigou-a como Ministra do Turismo onde, afinal, sua gestão pouco
produziu, senão a infeliz e notória frase do “relaxa e goza”.


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