Por Fernando Brito
No governo Fernando Henrique – e em todos os governos
conservadores, exceto o de Collor, que serviu para barrar a esquerda, inciar a
privatização e, em seguida, foi defenestrado – o controle da política se fez
não por uma amordaçamento direto da mídia, mas pela política do próprio sistema
de comunicação, assim como fazia o Procurador-Geral Geraldo Brindeiro,
“engavetar”, logo depois que estouravam, os escândalos políticos.
Sivam, Pasta Rosa, negociatas na privatização, compra de
votos para a reeleição e uma montoeira de outras “bombas atômicas” foram, em
prazo mais ou menos curto, desarmadas e relegadas ao armário dos guardados,
depois de uma, outra ou meia-dúzia de matérias, muitas delas boas reportagens,
admita-se.
Mas num governo do campo popular (e por isso um inimigo para a mídia e para
boa parte da elite judicial e parajudicial – ou alguém duvida que estes
segmentos, privilegiados em meio à nossa pobreza, tendam ao conservadorismo?)
tudo é diferente.
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