por Mario Alberto
Alguém já deve ter feito essa. Ou usado o mesmo conceito.
Mas, sinceramente, acho que, no momento, isso não é o mais importante.
Desde ontem, essa tragédia não sai da minha cabeça, mas não
consegui me manifestar graficamente antes porque estou longe pacas de casa,
fora do país, longe da minha “trincheira” e das minhas “armas” do dia-a-dia.
Estou de férias da minha luta, do meu trabalho, mas o meu trabalho não está de
férias de mim e eu não conseguiria passar mais uma noite sem engrossar o coro.
O que aconteceu não tem a ver com deus, qualquer um deles,
ou religião. Tem a ver com pessoas. Apesar de pessoas matarem acreditando que
estão fazendo isso em honra da sua religião, não é a religião que mata. São as
pessoas, mesmo que essas pessoas não estejam nem perto de perceber isso.
Destruir é fácil, construir é que é difícil. “Construir”
destruindo não é construir, é apenas destruir. Creiam ou não.
De qualquer forma, a sensação que fica, a única sensação que
pode ficar, é que aqueles que estão por aqui para construir não podem
retroceder ou se render diante da violência dos que vêm para destruir. E não
podem se render não porque são corajosos, bravos e audazes. Não irão retroceder
simplesmente porque continuar construindo é a única opção.
Eu também sou Charlie.
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