O escândalo sobre trilhos, a crise da água em São Paulo e o passado de Pimenta da Veiga em Minas turvam as perspectivas do PSDB
Por André Barrocal
Alckmin, que já administrava o escândalo do desvio de verba
em obras de metrô e trem, agora tem de lidar com o fantasma do racionamento
No primaveril domingo de 5 de outubro, 140 milhões de
brasileiros estarão aptos a ir às urnas. Um a cada três vai votar em São Paulo
ou em Minas, as maiores massas eleitorais do País. São estados sob controle do
PSDB há longo tempo, fato aparentemente destinado a garantir a sobrevivência do
partido e a sustenta-lo como principal força anti-PT. Mas a vida do tucanato em
seus bastiões já foi mais fácil. Às vésperas da campanha, seus postulantes aos
governos locais estão enrolados em acontecimentos do presente e do passado que
exigirão um bocado de esforço verbal e propagandístico para não contaminarem o
humor do eleitorado.
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, candidato à
reeleição, já administrava o escândalo do desvio de verba em obras de trem e
metrô, caso em exame na Justiça e na mira de uma tentativa de CPI no Congresso,
e agora tem de lidar com o fantasma de um racionamento de água. Tudo isso
perante um eleitor que dá sinais de cansaço com 20 anos de gestão do PSDB. Em
Minas, o pré-candidato Pimenta da Veiga, resgatado da aposentadoria pelo
presidenciável Aécio Neves, tem de explicar à Polícia Federal um antigo negócio
com o hoje presidiário Marcos Valério, episódio a alimentar boatos de que a
candidatura poderia ser abortada.
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