Milho foi colhido em uma pequena produção agrícola na zona
rural.
Mutação é conhecida como 'carvão do milho', diz
especialista.
Uma moradora de Porto Feliz (SP) levou um susto nesta semana
enquanto fazia a colheita de milho no sítio da família no Jardim Vante, na zona
rural da cidade.
Teresa Bernardes, de 49 anos, conta que ficou com
"nojo" quando viu o aspecto do milho. “Quando tirei a espiga do pé
achei muito estranho. Ela saiu bem grande e bem diferente das que estamos
acostumadas. Tanto que nem abri a palha para ver se tinha mais sementes, por
exemplo”, comenta Teresa. “Além de surpresa admito que fiquei com bastante
nojo. Vou guardar por um tempo, mas depois vou jogar fora porque não achei
bonito."
Ela explica que, além de milho, a família também cultiva
mandioca e limão em uma produção caseira para atender apenas às necessidades da
família. Teresa conta que começou a produzir hortaliças no sítio há pouco tempo
e que não usa qualquer tipo de produto químico na terra. “A seca que tivemos no
começo deste ano prejudicou muito a nossa horta e colhemos poucas coisas. E
esse foi o milho estranho foi o que conseguimos retirar”, conta Teresa.
O G1 mostrou as fotos para o engenheiro agrônomo Caetano
Mairine, da Casa da Agricultura de Ibíuna (SP). Segundo o especialista, o milho
colhido pela produtora de Porto Feliz foi atacado pelo fungo Ustilago maydis,
causador da doença conhecida popularmente como “Carvão do milho”.
“Essa doença nunca causa danos significativos à produção e
dificilmente afeta mais de 1% das plantas. A formação observada na espiga
ocorre devido a formação de galha (tumor), pois o fungo afeta a divisão celular
da planta a fim de formar os esporos para a reprodução”, explica Caetano. Ainda
segundo o especialista, a mudança rápida de verão seco para condições de
elevada umidade ocorridas este ano podem ter favorecido o aparecimento da infecção. (G1)
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