Por Luis Nassif
Começa a ficar mais clara a articulação das forças políticas
para as eleições.
Os grupos de mídia fecharam em bloco com Aécio Neves. A
última conquista foi a revista IstoÉ, com a divulgação da pesquisa do Instituto
Sensus.
Em 2010, o Sensus foi massacrado pela mídia, acusado de
manipulação de pesquisas - na época, supostamente em favor de Dilma. A denúncia
partiu da Folha, motivou uma representação do PSDB e uma invasão dos
escritórios da Sensus por policiais, acompanhados de analistas do DataFolha.
Não deu em nada, mas foi o episódio mais truculento da
campanha de 2010.
Agora, com as pesquisas divulgadas pela IstoÉ, o Instituto
Sensus protagoniza a primeira manipulação das eleições de 2014.
Em ambos os momentos, Sensus não espelhou interesses
petistas ou tucanos, mas do grupo mineiro de Clézio de Andrade.
A pesquisa foi realizada com todas as distorções já
apontadas, inclusive pelo Estadão: cartela com os nomes em ordem alfabética
(beneficiando o primeiro da fila, Aécio), informações negativas sobre a economia
antes das perguntas sobre o apoio à Dilma etc.
Mais. Só depois de conhecidos os resultados, foi registrada
no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e apenas em nome do Sensus, como se
tivesse sido bancada pelo próprio Instituto. Dias depois foi divulgada pela
IstoÉ como se fosse fruto de uma parceria.
A revista não faz parte da primeira divisão do cartel, mas
deverá atuar na guerrilha, assim como as denúncias non-sense da Época. CONTINUE LENDO
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