Depois de até Merval Pereira tê-lo abandonado, na sua coluna de ontem em O Globo, recusando “a
teoria da conspiração que denuncia um plenário manipulado” da maioria “sob
medida” que com que ele, Joaquim
Barbosa, insultou seus pares no Supremo Tribunal Federal, o nosso “salvador da
Pátria” parece ter jogado a toalha”.
Numa entrevista dada “sob medida” para o reacionaríssimo
Diego Escosteguy, da Época, o presidente do STF diz, de novo, que não será candidato a Presidente:
“É lançar-se, expor-se, a um apedrejamento.”
Curioso. O homem que expõe todos ao apedrejamento acha ruim
ser apedrejado.
Joaquim Barbosa parece não ter entendido que não pode, na
sua miopia, fazer o que veda o artigo 345 do Código Penal: “Fazer justiça pelas
próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o
permite”.
Mesmo que a pretensão fosse legítima – e não é – a confissão de Barbosa de que manipulou uma
condenação e uma cavilosa interpretação da lei
para conduzir como quis a ação penal 470, o chamado mensalão.
Embora Joaquim Barbosa continue servindo à direita como
fonte de desgaste a um governo de esquerda, já não serve mais à direita como candidato contra este
governo.
Passou dos limites, com antes Jânio Quadros e Fernando Collor passaram, ao representarem o
moralismo de ocasião.
E, como Barbosa, foram descartados pelas elites a que
serviram.
A diferença entre o demolidor e o construtor, é que deste
resta a obra – material, política ou social – e daquele, após a fúria, só
poeira.
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