domingo, 10 de julho de 2011

NESTE DOMINGO, LEMBRANÇAS DA FEIRA - VI

Funcionário contador (ou guarda-livros, como se dizia na época), Moreira de Pinho foi um dos grandes poetas da Feira de Santana. Não formava n o seleto grupo que se reuniu nas manhãs de3 domingo na porta da "Confeitaria Aurora", do também poeta Pedro Apostolo Filho, localizada na ua Direita, perto da Euterpe Feirense, mas vez or outra publica sua obra na imprensa local. Esta trova, por exemplo, está na Folha do Norte de abril de 1951:


É a partida um paradoxo, que jamais a gente explica:

- Quem fica, fica saudoso, quem parte, esquece quem fica.
Mas muita vez na partida, o caso muda entre os dois:

- Quem parte, leva saudade, quem fica esquece depois.
Outra vez, por um capricho, que o destino se destrai,

quando alguém vai para longe, a saudade fica e vai.
É a partida um paradoxo, que jamais a gente explica:

- Quando se finge saudade, saudade não vai, nem fica.

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