Crises no DEM e no PSDB e adesões ao governismo são sinais de mudanças mais profundas na política do país
Vinícius Torres Freire, Folha de S. Paulo
A possível debandada do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e seu grupo para o PMDB e, talvez assim, para a coalizão governista pode vir a ser apenas uma nota de pé de página da história partidária, um acontecimento isolado, mais um movimento passageiro das placas gelatinosas da política brasileira.
Pode ser também a evidência anedótica do desconcerto das forças políticas que não têm participado das vitórias do petismo, forças que por falta de nome melhor a gente vez e outra chama de oposição.
Mas pode bem ser um dos vários desdobramentos da reorganização ideológica e partidária posta em marcha nos anos do governo Lula.
Kassab era uma extravagância pefelista, do DEM, plantada exoticamente em São Paulo pelas conveniências de José Serra, do PSDB.
O DEM subsiste quase apenas como resquício acidental, marginal e periférico de uma forma de fazer política falecida nos anos 1990, uma sobrevivência do atraso autoritário, de caciques, familismos localizados e heranças de coronéis da ditadura. Leia mais
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