Quando o deputado federal Índio da Costa (DEM/RJ) foi escolhido como vice de José Serra, andou se falando que o motivo seria a notoriedade adquirida como relator da Lei da Ficha Limpa.
Para mim era um desconhecido bem pouco ilustre, que chamava a atenção mais como alimentador do folclore político, pois:
- discursou na Câmara Federal pedindo a proibição de coxinhas e pirulitos em cantinas escolares;
- apresentou na Câmara Municipal carioca projeto de lei para que fossem multados os cidadãos que dessem esmola a pedintes;
-tentou proibir o comércio ambulante nas ruas do Rio, o que eliminaria da paisagem carioca os tradicionais vendedores de mate e biscoito de polvilho.
Ou seja, nada além de um novo Enéas Carneiro.
Aliás, a tal Lei da Ficha Limpa é uma besteirinha digna do barbudo que berrava "meu nome é Enéas!": apenas vai tumultuar o processo eleitoral e inundar o noticiário com escaramuças inócuas e inúteis.
Também cheguei a escrever que o tal Índio da Costa não passava de um Collor em miniatura.No fundo, isso me ocorreu mais por causa do visual jovem e dinâmico, na minha avaliação o fator determinante de sua inclusão na chapa de Serra.
Por que? Porque o ex-presidente da UNE, pessoalmente, dá a impressão de que hoje só serve para presidir asilo.
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