O Centenário de Maria Bonita é uma iniciativa da OSCIP Sociedade do Cangaço que conta com a parceria da UNEB e o apoio da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
A finalidade é realizar uma série de ações comemorativas sobre Maria Bonita: exposição, mostra de cinema, ciclo de palestras, entre outras atividades que foram pensadas para romper com um histórico silencioso sobre a importância da mulher no movimento do Cangaço.
Geralmente, eventos que trabalham o Cangaço não enfatizam temáticas que discutem gênero, como também não delimitam o papel social da mulher na estrutura política do movimento.
Neste sentido, o Centenário torna oportuno a abertura da temática gênero no tempo e espaço do Cangaço.
Os interessados devem realizar pré-inscrição online durante o período de 22 de fevereiro à 4 de março de 2010.
As inscrições serão efetivadas presencialmente no local do evento nos dias 04 e 05 de março, conforme lista a ser divulgada
Me desculpem;
ResponderExcluirSobre o cunho histórico eu nao contesto, creio que devemos relatar a historia, mas dedicar uma semana com custos elevados para comemorar o cangaço, bando de assassinos, ladroes e marginais, é o cumulo da safadeza deste país.
Tanta pessoa honesta precisando, o nosso País gastando para comemorar bandidos.
Esse é o Brasil.... Parabens....
CENTENÁRIO DE MARIA BONITA: RAINHA DO CANGAÇO
ResponderExcluirII Seminário Internacional
Campus VIII da UNEB e Prefeitura Municipal de Paulo Afonso realizarão o II Seminário Internacional sobre o Centenário de Nascimento de Maria Bonita, com o tema: Diferentes Contextos que Envolveram a Vida da Rainha do Cangaço. Este evento, que reserva participação de lideranças políticas, pesquisadores, ex-cangaceiros e os parentes de Maria Bonita, vai mobilizar a comunidade em geral para discutir aspectos da participação dessa Mulher que marcou a história do cangaço e que nasceu em Paulo Afonso, no povoado Malhada da Caiçara.
Universidade do Estado da Bahia-DEDC VIII (UNEB) em 2009 realizou o I Seminário Internacional sobre o Centenário de Nascimento de Maria Bonita, parte de um projeto pioneiro, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Paulo Afonso, a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e outros parceiros. A meta dessa proposta pioneira foi a realização de três grandes eventos que culminará com a realização do III Seminário em 2011, ano em que Maria Bonita completaria 100 anos de idade.
Primeira mulher no cangaço
Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, foi a primeira mulher a aparecer no cenário do Cangaço, revolucionando a sua época (século XX) e introduzindo vários costumes no meio de homens guerreiros que até então não permitiam mulheres entre os seus pares.
Nascida em 8 de março de 1911, na fazenda Malhada da Caiçara, em Paulo Afonso, casou-se aos 15 anos com um sapateiro, com quem vivia brigando.
Durante uma das separações de seu marido, Maria Bonita conheceu Lampião e apaixonou-se. O rei do cangaço, nesta época, tinha 31 anos e Maria 18.
Maria Bonita entrou para o bando ao final de 1929 e tornou-se musa e rainha do cangaço. Depois dela, os outros cangaceiros também trouxeram suas companheiras para fazerem parte do bando.
"Maria Bonita foi na época do Cangaço uma jovem que quebrou os padrões de um sertão ainda resguardado quanto aos reais valores da mulher. Para muitos ela foi um atraso para os cangaceiros que até então era um mundo machista. Para outros ela foi a parte boa daquele tempo, aliviando muitos dos sofrimentos causados aos sertanejos. Hoje ela é simplesmente parte da história do sertão, um capítulo dos acontecimentos que marcaram o nosso nordeste brasileiro", destaca o escritor João de Sousa Lima, um dos maiores pesquisadores sobre a vida de Maria Bonita.
Lampião arregimentou 47 homens e mulheres de várias ramificações familiares apenas em Paulo Afonso. Maria Bonita conviveu durante nove anos com Lampião e como seguidora do bando, foi ferida apenas uma vez.
Foi no dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no sertão do estado de Sergipe, durante um ataque feito pela polícia ao bando, que um dos casais mais famosos do país foi brutalmente assassinado, transformando suas vidas em um marco da história nordestina.
Informações: DEDC/Campus VIII - Tel.: (75) 3281-6585/7364. www.campus8.uneb.br