Noticia a Folha que Eduardo Cunha
vai rejeitar o principal pedido de impeachment apresentado contra Dilma, o de
Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, que é tutelado pelo PSDB.
E que ficará com a nova versão,
que seria apresentada na sexta-feira, em “stand by”, para ver quem lhe dá mais
garantias contra o inevitável: a sua queda da presidência da Câmara.
Cunha, assim, pendura o país na
sua própria necessidade de escapar impune de algo que, a esta altura, já não
pode ser contido: a sua responsabilização política – a penal demorará – pelos crimes de evasão de divisas e de
obtenção de vantagens ilícitas.
É certo que este campo não é nada
desconhecido para Eduardo Cunha, acostumado às artes ocultas da chantagem
política, mas ele não costuma produzir efeito se, fora das sombras, todos dele já se aperceberam.
Será tolo, na oposição ou na
situação, quem acreditar que Cunha pode
fazer algum tipo de barganha, porque já não tem coisa alguma, senão o
poder formal do cargo, para dar em troca. Muito menos se acha que poderá levar
vantagem em quem dá, a ambos os lados, lições magistrais em matéria de pressões
espúrias.
Não é preciso ser nenhum bidu para
saber que, cessada judicialmente a possibilidade de que ele decida sobre os
pedidos, virá uma nova onda de denúncias.
Cunha virou um cadáver político e
quem lhe segurar firme sua mão será puxado para as profundezas.
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