Tempos idos
Há 40 anos – outubro de 1979
Servidor Municipal, Armando Curvelo Menezes, sinônimo de
competência e honradez, chegou ao primeiro escalão da estrutura funcional nos
governos de José Falcão e Colbert Martins.
Durante muitos anos foi o guardião do erário público,
comandando, como secretário, a Pasta de Finanças, hoje Fazenda.
Pintão como era conhecido, recorria sempre às economias de
'seu' Nestor e dona Ninha, sempre que precisava trocar o carro por outro menos
velho.
O cansado "Dodgão" que o vereador Antônio Carlos Marinho
(Caroço) lhe empurrou "goela abaixo" começou a emagrecer seu contra
cheque. O grande "nó" estava nas difíceis peças, pois para
consegui-las tinha que mandar alguém ir "a Bahia".
Aconselhado, fez empréstimo bancário que somado a venda do
Dodge compraria afinal um carro condizendo com o cargo que exercia.
Encarregado de vender o veículo, no dia seguinte seu amigo
Baby Thyers disse que já tinha fechado negócio, inclusive por um preço acima do
previsto.
A alegria de Pintão (o Pinto Raposa) durou pouco. Ao chegar
com Thyers na casa do comprador recebeu em dinheiro apenas a metade. A outra
parte em objetos usados arrematados em leilões públicos.
De quebra ainda teve de ficar com um papagaio, velho e
tarado, pescoço raspado, bico mole, mas bem falante, pois a todos pedia
'aquilo', inclusive ao novo dono.
Foi assim que o saudoso Pintão tirou o Dodge das costas e
colocou o papagaio no ombro..
(Da Coluna Memória, de Adilson Simas, no Diário da Feira em
27 de novembro de 1998)
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