Por Fernando Brito
Eduardo Bolsonaro, o filho de numeral 03, diz no canal da
veterana Leda Nagle que “se a esquerda radicalizar” a “resposta pode ser via um
novo AI-5”.
Não é preciso comentar o que este sujeito e sua família têm
na cabeça.
Mas é preciso falar sobre o que este país tem de Justiça. Ou
que ainda tem.
Um deputado federal, líder de partido, presidente de uma das
mais importantes comissões da Câmara, a de Relações Exteriores, ameaça
abertamente com a edição de um ato autoritário, que permite ao presidente da
República cassar mandatos e direitos políticos de cidadãos brasileiros e nada
acontece?
Todos eles vão ser tratados com a leniência e o humor com
que se trata o outro feroz rebento, seu irmão, que tumultua a vida do país com
suas molecagens nazistóides?
Estamos sujeitos a que o país seja o playground macabro
destes sujeitos?
Aspirantes a ditador sempre existirão, mas o que não pode
haver são instituições públicas que aceitam que seus integrantes façam, uma
após outra, desafios ao seu funcionamento.
O senhor Tóffoli vai esperar que seja com barras de ferro ou
coronhas de fuzil em seu carro, em lugar das mãos, como ontem? Rodrigo Maia já
está pronto a entregar as chaves do Congresso?
Estão todos como a Globo, fugindo ao primeiro rosnado das
bestas?
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