quarta-feira, 9 de outubro de 2019

NO TEMPO DE “SEU ZÉ”, O LOUCO


Feira ontem
“Seu Zé”  com o inseparável copo de alumínio, era um louco bastante conhecido  na cidade. Frequentava pontos famosos como o “Café São Paulo” e principalmente o “Abrigo Predileto” na Praça da Bandeira, pois  assim que Teonílio, dono do abrigo, enchia de  café no seu copo, ele colava na porta da empresa de Gilberto Costa, que era o delegado de polícia, certo de que ali a molecada não iria abusá-lo.
 Conhecido e querido por todos, inclusive  pelos políticos, foi internado  na Colônia Lopes Rodrigues, e logo se auto denominou  “louco-chefe”, passando a tomar conta dos outros, pois como se diz na gíria “há sempre um louco cuidando dos bons”.
Repórter furão, Lucilio Bastos contava que existindo na  colônia uma mangueira que nunca dava manga  “Seu Zé” fez uma reunião com oito loucos e combinou:
Olha, minha gente, vocês são mangas maduras. Vão lá para cima. Quando eu gritar as mangas cai, porque manga madura cai. Uma a uma. Os oito subiram.
“Seu Zé”, cá de baixo, gritou:
Manga um!

Poff. E um louco se esborrachou no chão.
Manga  dois! Manga três! Manga quatro! Manga cinco! Manga seis! E eles iam se largando lá de cima e arrebentando-se cá embaixo.
“Seu Zé” gritou: Manga sete!
O sete respondeu:
- “Seu Zé”, chama a manga oito, que eu ainda estou verde...

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