Por Fernando Brito
As novas trocas de mensagens entre Sérgio Moro e
Deltan Dallagnol – a que saiu ontem à noite e as que a Folha mostra a
“orientação” do então juiz sobre quais personagens da delação da Odebrecht
deveriam ser privilegiadas – atiram por
terra a possibilidade de que os diálogos
tivessem sido fortuitos e não caracterizassem o fato, a esta altura
indesmentível, de que o titular da 13ª Vara Criminal era o chefe de fato da
chamada Operação Lava Jato.
O “descuido” que ontem Moro admitiu ao indicar uma suposta testemunha
contra o filho de Lula e concordar com uma falsa comunicação de crime para
levar à força o suposto delator para ua “confissão espontânea” já não pode ser
alegado agora, diante dos indícios de que era permanente, sistemática e
decisiva a orientação que dava aos procuradores sobre como conduzirem as
investigações que a ele seriam levadas.


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