sábado, 15 de junho de 2019

MORO, O INSUSTENTÁVEL

Por Fernando Brito
As novas trocas de mensagens entre Sérgio Moro  e  Deltan Dallagnol – a que saiu ontem à noite e as que a Folha mostra a “orientação” do então juiz sobre quais personagens da delação da Odebrecht deveriam ser  privilegiadas – atiram por terra a possibilidade de que os diálogos  tivessem sido fortuitos e não caracterizassem o fato, a esta altura indesmentível, de que o titular da 13ª Vara Criminal era o chefe de fato da chamada Operação Lava Jato.

O “descuido” que ontem Moro admitiu ao indicar uma suposta testemunha contra o filho de Lula e concordar com uma falsa comunicação de crime para levar à força o suposto delator para ua “confissão espontânea” já não pode ser alegado agora, diante dos indícios de que era permanente, sistemática e decisiva a orientação que dava aos procuradores sobre como conduzirem as investigações que a ele seriam levadas.

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