Por Fernando Brito
A natureza do General Hamilton Mourão, reprimida por uma
capa civilizada duante dois meses, não resistiu e rompeu a barragem da
contenção verbal, soterrando a imagem de “bom moço” que ele vinha construindo.
Ao falar ao Valor do “vai-e-volta” das mudanças no texto da
reforma da Previdência, tentando desmentir que Jair Bolsonaro já entregou a
questão dos 60 anos de idade mínima para a aposentadoria das mulheres, fez uma
grosseira e sanguinária metáfora:
“Eu acho que a cavalaria tem que avançar e degolar. Temos
que ganhar tudo isso aí (a proposta integral), essa é a minha visão”.
Quase 100 anos atrasada – cavalaria é hoje uma arma de
artilharia em movimento – a expressão vai virar uma arma contra suas próprias
forças.
Afinal, quando vierem as mudanças – e os aumentos – para as
Forças Armadas, quelquer um poderá usar a expressão de que seus privilégios em
relação aos civis devem ser também “degolados”.
Sabre no pescoço dos outros é refresco.
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