Por Fernando Brito
Não há mistério algum na maracutaia dos R$ 400 mil dados à
candidata “laranja” Lourdes Paixão pelo PSL.
É parte do “acerto” feito com Luciano Bivar, “dono” da sigla
até a entrada, em cima do prazo, de Jair Bolsonaro no “partido”.
A terrível desculpa de Bivar, de que “mulher não tem vocação
para a política” esbarra na própria prestação de contas do PSL, onde 90% das candidaturas que
receberam dinheiro do Fundo Eleitoral eram femininas, inclusive a laranja
pernambucana que se juntou às laranjas mineiras do Ministro do Turismo.
No valor, porém, ficaram nos 30% determinados pela resolução
do TSE que obrigava a usar esta parcela, no mínimo, com candidatas.
Aliás, se a Folha quiser, pode pesquisar também outra
candidata pernambucana “campeã” de recursos do PSL, Érika Santos, que recebeu
R$ 250 mil e admite que sua candidatura era divulgada por “pessoas que estão ao
seu redor“, mas gastou quase todo o dinheiro com numa gráfica que “funciona”
onde é um escritório de empréstimos consignados e com uma empresa de Juliana
Mirella Gonçalves, a suposta Gráfica Itapissu, a mesma onde Lourdes teria posto
o dinheiro do Fundo Eleitoral.
Picaretagens como as de Bivar tem aos montes na política. O
mais grave, nestes casos, é que todas as transferências para seu “laranjal”
foram autorizadas por Gustavo Bebbiano, que assumiu a presidência do PSL e
agora é ministro-chefe da Secretaria de Governo.
Mas, como diz Sérgio Moro, “não vem ao caso”.
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