Por Fernando Brito
Já que não adotou a correta posição de neutralidade e
negociação, o Governo Brasileiro bem que poderia cultivar uma postura discreta,
agora que houve uma nítida demonstração de que o autoproclamado “presidente
encarregado”, Juan Guaidó, não tem controle de coisa alguma em território
venezuelano.
O fiasco do sábado da ajuda humanitária, embora com desgaste
para todos, provou isso e, a muito custo, a intervenção do General Hamílton
Mourão, com as expressões duras necessárias a maquiar o recuo, fez o Brasil
refluir daescalada belicista a que nos levou o Itamaraty.
Posição, aliás, que foi tomada pelo Grupo de Lima, deixando
“a pé” o desejo americano de que servíssemos, com a Clômbia, como
ponta-de-lança de aventuras bélicas em território venezuelano.
Parece óbvio que, mesmo para os que desejam o afastamento
voluntário de Nicolas Maduro e soluções político-eleitorais que dêem saída aos
problemas do vizinho, o mínimo que isso exigirá será tambem o afastamento de
Guaidó, a não ser que insistam na fracassada tentativa de depor o presidente da
Venezuela ou de fazê-lo renunciar.
Guaidó é bananeira que deu cacho, não tem mais serventia no
cenário político, desfeita sua ilusão de ascender meteorica e ilegitimamente ao
poder. MAIS
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