Por Fernando Brito
Tales Faria, em seu blog no UOL, compara o tom de duas notas
oficiais brasileiras sobre a situação na fronteira com a Venezuela.
A do Ministério da Defesa, serena, dava conta das
negociações com os militares do país vizinho, para afastar os “veículos
antidistúrbios” da Guarda Nacional Bolivariana, no que foi prontamente atendido
e, de outro lado, comprometendo-se a controlar os venezuelanos, sobre os quais
se noticiou terem partido do território brasileiro para incendiar um posto da
guarda além fronteira.
A do Ministério das Relações Exteriores, em tom bélico,
abusa da gritaria contra “o caráter criminoso do regime Maduro”.
Se alguém não está entendendo porque o Brasil tem dois
representantes na reunião do “Grupo de Lima”, que está reunido no Peru para
debater a crise, isso basta para que se compreenda.
O General Hamilton Mourão foi – possivelmente como
embaixador da ala militar do governo – impedir que o chanceler Ernesto Araújo
cruze a fronteira da sanidade carregando seus coquetéis molotov verbais.
Dependesse dele, estaria levantando o braço e ordenando uma
carga de cavalaria sobre o território estrangeiro. COMENTÁRIOS
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