Por Fernando Brito
Ao garoto que, no final dos anos
60, procurava entender como as pessoas agem, minha velha avó ensinava, nas
palavras simples de gente que aprendera muito com a vida: “meu filho, não
espere que um bananeira lhe dê jacas. você vai falar, falar, falar e ela só
dará bananas”.
Os colunistas de O Globo – e
donos da sabedoria da classe média, a partir do púlpito da Globonews – se
dedicam hoje a falar das jacas que virão da bananeira que vai governar o país.
Na manchete, o jornal dos Marinho
diz que “Bolsonaro vai pregar união e austeridade em discurso”. Isso depois de
disparos de twitter clamando contra o “marxismo nas escolas” e de um discurso,
segundo o jornal, redigido com a ajuda dos filhos, pitbulls notórios da
radicalização.
Merval, o bedel da pátria, diz
com gravidade afetada que “cabe a ele, Jair Bolsonaro, desanuviar o ambiente
político e encaminhar o país para novos rumos, como a vontade majoritária do
eleitorado quis. Mas procurando
conciliar as partes”.
Bolsonaro, conciliador? “Jacas,
jacas”, pede-se à bananeira…
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