sexta-feira, 2 de março de 2018

SOMBRA DE OLGA BENÁRIO SOBRE STF DE CARMEN LÚCIA


Num país onde os erros do Judiciário não costumam ser debatidos nem avaliados com a franqueza necessária, a sentença que em 1936 negou o habeas corpus a Olga Benário, militante comunista e primeira mulher do líder do PCB Luiz Carlos Prestes, permitindo que fosse expulsa para a Alemanha nazista,  onde foi morta numa câmara de gás, costuma ser apontada como um exemplo antológico de parcialidade e submissão da mais alta corte do país a interesses espúrios ao Estado Democrático de Direito.
Oitenta e dois anos depois, o processo contra Luiz Inácio Lula da Silva, condenado  sem prova a doze anos e um mês, ameaça se transformar num caso equivalente no Brasil do século XXI, país que até há pouco tinha o direito de se imaginar livre de grande parte das barbaridades típicas de governos autoritários presentes no processo contra Olga Benário.  

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