Por J. Carlos de Assis
Prendam Lula.
Preferivelmente na Bastilha. Depois a gente vê o que se deve fazer. Afinal, teremos 12
anos para refletir e decidir entre arrancar Lula da prisão à força, trazendo-o
de volta à Presidência, ou nos sujeitar humildemente às ordens da turma de
Temer e de seus sucessores carimbados pela corrupção, gente como Geddel, Moreira Franco, Jucá, Imbassay, Loures, toda
a turma do Palácio do Planalto que divide seu tempo e suas preocupações entre
cuidar do próprio prontuário e planejar
assaltos ao patrimônio público.
Doze anos é muito tempo. Até esgotar-se esse tempo teremos
visto as conseqüências objetivas do congelamento orçamentário por vinte anos, a
liquidação da CLT com a desinformalização total do mercado de trabalho, a
tolerância do Executivo com o trabalho escravo, a doação às petroleiras de um trilhão
de dólares de impostos na exploração do pré-sal, a financeirização das dívidas
públicas estaduais com fabulosos ganhos para financeiras, a entrega dos campos
de pré-sal a empresas como Shell - que comemoraria tudo isso numa festa na companhia da presidente do Supremo, Carmen Lúcia, e de
jornalistas amigos.
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