segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

FEIRA EM HISTÓRIA

Oscar Erudilho, um símbolo da Micareta

Com todas as atenções da cidade já voltadas para mais uma micareta – sua maior festa popular, vale a pena lembrar artigo do falecido historiador Hugo Navarro, sobre a trajetória de Oscar Erudilho, considerado pelo cronista da Folha do Norte e por todos que o conheceram como “um dos mais importantes incentivadores e participantes da nossa grande festa de que é verdadeiro símbolo”. (Adilson Simas)

- Oscar Erudilho da Silva Lima era filho do Major Juvêncio Erudilho da Silva Lima, prócer da “Soc. Filarmônica 25 de Março”, conselheiro municipal e destacado membro da comunidade, dono de chácara na rua que hoje tem o seu nome e vai da Barroquinha ao alto do Cruzeiro, antigamente simples vereda, local de aprazíveis e bucólicas caminhadas da gente da cidade. Ali, Oscar, ainda garoto, perdeu olho, atingido por inseto, o que o obrigou a usar artefato de vidro durante o resto da vida.

Ainda jovem Oscar mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou figura conhecida como nadador e ponta esquerda das divisões de base do C.R. do Flamengo e chegou a ser propagandista da cerveja “Cascatinha”.

De volta a Feira, deram-lhe o cargo de escrivão. Naquele tempo os processos eram manuscritos e Oscar tinha letra cheia de arabescos e enfeites, aprendidos certamente no Paleógrafo, que lhe dificultavam o entendimento. Na época, réus pobres eram defendidos, no Júri, por pessoas da comunidade, como Arnold Silva, Álvaro Silva Lima (Ioiô de Calú) e Áureo Filho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário