Por Alexandre Coslei
Tudo ou quase tudo já se falou e escreveu sobre Machado de
Assis, ainda assim continua a impressionar a obra monumental que ele construiu
em vida. Poesias, romances, crônicas, contos, críticas, ensaios, traduções,
correspondências. É quase inacreditável testemunhar alguém, nas condições de
Machado, ter produzido tanto e com qualidade. A impressão que se tem é que o
afamado bruxo não fazia nada além de escrever, mas não foi assim. Para aumentar
o nosso espanto, sabemos que ele foi um autodidata bem-sucedido, que aprendeu
muito da arte a que se dedicou frequentando bibliotecas e fazendo anotações
sobre o que lia. Muito mais do que um gênio, Machado foi uma espécie de
super-homem. Beira a imagem de um ideal inatingível.
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