domingo, 17 de dezembro de 2017

1 TOSTÃO (PORQUE NÃO SEI ESCREVER 1 CONTO) DE NATAL

Por Zê Carota
Lapônia, 25 de dezembro, 5h58.
Papai Noel chega em casa, tira as botas chutando-as para o alto, arremessa o gorro na mesinha de centro, joga o cinto no chão, pendura o casaco na maçaneta do lavabo, chama pela mulher:
- Mãe, cheguei! Prepara meu misto quente de arenque com queijo de rena, que tô exausto e cheio de fome!
silêncio.
insiste:
- Mulher?
neca de pitibiriba.
tenta uma vez mais, presumindo que ela esteja dormindo:
- Hilde? Acorda!

nada.
sobe ao quarto, não a encontra.
bate à porta do banheiro, que se abre com a batida, e nada da mulher.
desce à cozinha, ninguém, mas avista um post-it preso à geladeira. se aproxima, lê:
- Klaus, estou te deixando pra ir morar com Olaf. Tenha a decência de não fazer nada contra ele que, nisso tudo, é só um detalhe – sem trocadilho por ele ser um duende, obviamente. A causa é uma só: você. Cansei de passar Natal sozinha. Adeus, H.
(GGN)

Nenhum comentário:

Postar um comentário