Por Fernando Brito
Acaba de cair o Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, acaba
de ser demitivo.
Para o seu lugar, vai o atual Ministro da Transparência
(sic), Torquato Jardim, ex-ministro do TSE e por lá ainda influente.
Dia 6, como se sabe, a cassação de Temer irá à pauta do
Tribunal, embora seja, provavelmente, travada por um pedido de vistas.
A demissão de Serraglio, porém, tem uma consequência
imediata. A menos que seja nomeado para outro posto, ele volta para a Câmara e,
com isso joga o delatado maleiro Rodrigo Rocha Loures para o foro comum, caso o
TSE não o faça co-réu no processo que, fatalmente, se abrirá contra Michel
Temer.
Como há um pedido de prisão pendente contra Loures, feito
por Rodrigo Janot, será Sérgio Moro quem o decidirá, no caso de que ele perca o
foro privilegiado.
E as negociações por sua delação premiada voltam à estaca
zero, porque, em princípio, terçao de ser fechadas com a PGR curitibana,
leia-se a Força Tarefa.
Hora de ver como se portará o “coração generoso” de Sérgio
Moro.
Serraglio, que resistiu mudo e calado ao embrulho que tirou
do país com a Operação Carne Fraca vinha
sendo mantido com nitritos e conservantes no cargo, apesar dos odores que
emanava.
Agora, porém, foi queimado no altar das necessidades
temeristas. Mas queimado morto, enquanto Rocha Loures, se não encontrar a
generosidade morista, será queimado vivo, com o risco de urrar como um boi no
matadouro.
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