Por Fernando Brito
Duas coisas caracterizavam o que, no tempo em que não se
havia criado tanta sofisticação verbal para ocultar a verdade, a “Banana
Republic” da América Latina: a total submissão aos interesses políticos e
econômico dos EUA e o domínio das grandes companhias sobre a vida política
interna, instalando ou removendo presidentes, pela via do golpe ou por eleições
manipuladas.
Com todos os rapapés jurídicos e formalidades processuais,
não vejo em que o Brasil, hoje, esteja diferente disso.
Deixamos, nos últimos tempos, de ter qualquer veleidade de
uma inserção autônoma na ordem econômica mundial. As condicionantes
nacionalistas da exploração do pré-sal foram abolidas e se prepara a abertura
de outros e todos os recursos minerários do pais. A política dos BRICs foi
solenemente abandonada desde José Serra, cuja única diferença em relação a
Aloysio Nunes Ferreira é que trocamos o “yes, mister” por um “yes, bwana“.
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