Por Fernando Brito
Ontem, em palestra a estudantes de Direito – que são aqueles
rapazes e moças que vão aprender daqi a algum tempo que, agora, a lei é a
vontade do Ministério Público e dos juízes – o procurador geral da República,
Rodrigo Janot disse que as delações premiadas são “espontâneas”.
“Não se prende para forçar colaboração, mesmo porque a lei
diz que a colaboração tem que ser espontânea. Não somos nós, órgãos de
controle, que chamamos o réu. A iniciativa tem que partir dele, que contrata um
advogado e nos procura”.
E cita, para prová-lo que “dos 160 acordos de colaboração
firmados no âmbito da Lava Jato em primeira instância e no Supremo Tribunal
Federal, 136 foram realizados com pessoas em liberdade e apenas 24 – ou seja,
15% – com investigados detidos”.
O Doutor Janot, se não tem apego aos fatos, ao menos poderia
ter algum respeito pela inteligência dos que o ouvem ou lêem.
Seus números são tão manipulados quanto as acusações vem
sendo.
Desmonta-se o que diz num sopro.
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