quinta-feira, 13 de abril de 2017

EMÍLIO ODEBRECHT E A HIPOCRISIA DA MÍDIA

Por Fernando Brito

Separei e editei um trecho do depoimento do velho Emílio Odebrecht, onde se diz o que não li, com todas as letras, escrito em nenhum dos jornais e revistas, embora seja uma absoluta verdade.

É o que ele fala, e com conhecimento óbvio de causa, sobre os métodos de funcionamento do sistema político brasileiro e o conhecimento geral de todos na mídia e  no Judiciário, sobre como ele funciona.

Funciona – no presente, não no passado – e funcionará, porque as mudanças que se tende a fazer são para liberar o dinheiro privado – desde que “legalmente”, o que não tira dele a condição “mágica”  de dinheiro – e a destruição do sistema partidário, que há muito vem sendo construída com a proliferação de siglas de conveniência, que custam dinheiro e valem maioria e tempo de televisão.

Ou, com alternativas ainda piores, como as antevistas por Celso Vicenzi, hoje, em seu blog:

Novos tempos, novos assaltos. Velhos coronéis dando lugar a novos ladrões com discursos moralistas. Como se a densa corrupção brasileira que sempre serviu aos donos do poder pudesse ser extirpada por um moralismo igrejeiro e jurisdiquês de Moros, Dallagnols, STF, MP, PF, mídia e tantos outros que sempre foram justamente os beneficiários de todos os privilégios da desigualdade social que mantém a maioria do povo brasileiro na miséria enquanto alguns poucos nadam em regalias.

Escute o que diz o velho Odebrecht.


Desonestidade não é só material. É também moral e ética.

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