Por Wilson Ferreira
A Globo, acompanhada do restante da mídia corporativa,
ressente-se de um cada vez mais grave processo de negação da realidade. Os
sintomas são cada vez mais agudos, como demonstrou o silêncio dos últimos dias
sobre a articulação da greve geral pelas centrais sindicais e movimentos
sociais. Um silêncio bem barulhento, pois revelou a sua autoconsciência do
poder de duas armas semióticas que sempre dispara em contextos de
desestabilização política: a “profecia autorrealizável” e o “efeito copycat”. O
constrangimento e “saia justa” dos apresentadores nas primeiras horas da manhã
de sexta-feira também revelou uma aposta: "as nossas armas semióticas são
tão poderosas que, se ficarmos em silêncio, nada vai acontecer! Mas a negação
tautista da mídia corporativa descobriu da pior forma possível que existe vida
lá fora, no deserto do real.
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