Por Fernando Brito
Veja que flor de candura é a narrativa de Alexandrino
Alencar, o mesmo que se esmera em detalhes sobre supostas “notas frias” que
teriam sido usadas na reforma do sitio usado por Lula em Atibaia, no depoimento
que a Folha reproduz:
Um hotel perto do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi
o local do primeiro encontro em 2014 entre Marina Silva (Rede), então
presidenciável pelo PSB, e Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente da
empreiteira.
“A partir daí, houve uma conversa de Marcelo com ela, onde
foram colocados posicionamento e valores -valores culturais, não monetários-, e
estratégias”.
Quem o diz é Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações
institucionais da empreiteira. O depoimento à Lava Jato.
Imaginem Marina Silva e Marcelo Odebrecht discutindo valores
culturais.
Ainda mais depois de ela ter se tornado vice de Eduardo
Campos que, segundo os dirigentes da Odebrecht que lhe abriam as burras, “era
alguém que resolvia problemas”.
Ora, Marina, tal como o famoso bagre de Belo Monte, também
sua “nova política” se alimentava no lodaçal empresarial.
A sustentabilidade vem a ser algo como sustentar uma
campanha política?
A “santinha da floresta”, então discutia “valores culturais”
com Marcelo Odebrecht?
Como dizia a minha avó, “só em novela”.
Das mexicanas, e olhe lá.
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