quarta-feira, 1 de março de 2017

PODE UM PAÍS VIVER À ESPERA DO DIGAM BANDIDOS?

Por Fernando Brito

A política brasileira está com as vísceras expostas  – e nem todos as vísceras expostas da mesma maneira, porque há os intestinos amigos –  e o país vai se desmanchando a olhos vistos.

Passamos agora – e já há algum tempo- a ter, como definição da política o que disseram e o que vão dizer pessoas do calibre de Eduardo Cunha, Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Delcídio do Amaral e – daqui a pouco, quem sabe –  Eliseu Padilha, Geddel e Jucá.

O país é colocado sob o tacão de um justiceiro de província e ameaça chegar ao impensável de ver um neonazista caricato e feroz elevado à condição de favorito à eleição, se levarem adiante o plano de impugnar Lula, entregando a ele o terreno do povão, onde os nomes da direita convencional não
entram.

Está sendo servido um bolo envenenado ao nosso país sob o alvo glacê do moralismo.

À sua maneira, o Estado Islâmico também é.


Temos uma presidente eleita afastada, um presidente golpista recluso, um Congresso acanalhado, denunciado ou com um cento e meio de investigados.

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