Por Fernando Brito
O ministro da Cultura, Roberto Freire, em lugar de absorver,
civilizado, as críticas do escritor Raduan Nassar ao governo de Temer, e responder com espírito
(que não tem) e inteligência (que lhe falta) resolveu partir para o “coice” na
entrega do Prêmio Camões ao romancista,
sugerindo que ele devolvesse a premiação que, em parte, é subvencionada pelo
Estado brasileiro e por Portugal.
Revela não apenas sua estupidez, ao não separar o que é o
poder público e seu dever de incentivar a cultura – afinal, ele não tem
ligações com ela, mas com a política, apenas – como a sua absoluta ignorância
sobre quem é o consagrado autor de Lavoura Arcaica.
Raduan, não só no campo das ideias, deu muito mais ao
Brasil. Inclusive em valores sonantes, não apenas morais.
Anos atrás, ele doou sua Fazenda “Lagoa do Sino”, em Buri, no sudoeste de São
Paulo à Universidade Federal de São Carlos, fazer um campus agrícola, com foco
na agricultura familiar.
É muito mais do que a mesquinharia que Freire lhe faz.
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