Por Mauro Santayana
O céu era “de brigadeiro”.
Mas, para a maior parte da mídia passou em brancas nuvens a
apresentação do novo cargueiro militar KC-390 da EMBRAER à Presidente da
República, ao Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, e ao Ministro da Aeronaútica,
Nivaldo Luiz Rossato, após viagem de Gavião Peixoto à Capital Federal, nesta
semana, na Base Aérea de Brasília.
E, no entanto, tratava-se apenas da maior aeronave já
construída no Brasil, com capacidade de transporte de blindados, de brigadas de
paraquedistas, de operar como avião-tanque para reabastecimento aéreo de caças,
ou como unidade de salvamento, em um projeto que custou 7 bilhões de reais, em
grande parte financiado pelo Governo Federal, que teve também participação
minoritária de outros países, como Portugal, Argentina e a República Tcheca,
destinada a substituir, no mercado internacional, nada menos que o Hércules
C-130 norte-americano.
A mesma indiferença, para não dizer, desprezo, ou deliberada
desinformação, ocorreu com o início do processo de geração da usina
hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a terceira maior do mundo, com capacidade
de 11.000 megawatts, na semana passada.
Ou com a hidrelétrica de Santo Antônio, situada no Rio Madeira, em Rondônia, a quarta maior do país, que colocou em operação sua 39ª turbina geradora há alguns dias.
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