Por Fernando Brito
Marina Silva divulgou nota hoje, de novo, para dizer que apóia o impeachment, mas quer
mesmo a cassação de Temer, também.
Que bonitinho…
O processo de julgamento das
contas nem começou. E Nélson Jobim, possível Ministro da Justiça e certamente
homem de Temer já avisou: eleição leva cinco meses para preparar.
Portanto, basta durar três meses
o processo no TSE e mais o inevitável recurso no STF ( três meses? nem a pau,
Juvenal!) que não tem eleição em 2016 assim.
E se não tem, mesmo que cassem
Temer, é eleição indireta pela Câmara do Cunha…
É esta a mais perfeita tradução
de seu “Nem Dilma, Nem Temer”.
Porque, só haveria eleição direta
se Temer renunciasse, o que é evidente não estar nos planos de alguém que acaba
de dar o maior dos passos em direção ao seu objetivo de chegar à Presidência
sem votos.
Marina sai menor desta crise,
mesmo que as pesquisas de intenção de voto não demonstrem ainda isso.
É a candidata da negação da
política e, ao mesmo tempo, da repetição das piores práticas da política: a
matreirice, o cinismo e a dissimulação.
A turma bem intencionada que lhe
deu votos de esperança fez seu papel e foi de peito aberto para a rua lutar
pela legalidade.
Ela, ao contrário, oculta-se na
sombra de uma inviável ultrademocracia para, na prática apostar em que seja a
única forma política que não se possa chamar de golpista ou legalista.
A coruja no muro de Brasília já
ilustrou o post anterior.
E acho que o bichinho nem merecia
essa comparação.


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