terça-feira, 8 de março de 2016

O SENTIDO DO QUE NÃO PARECE TER SENTIDO

Por Fernando Brito

O jornalista e editor Luiz Fernando Emediato publica em seu Facebook um artigo que toca numa questão que, volta e meia, abordo aqui.

Não tem sentido, não tem lógica que um homem que, durante oito anos, dirigiu um governo e teve poder sobre as estatais da sétima economia do mundo seja acusado de ter operado, no governo, para obter vantagens nas obras de um sítio, ou de um apartamento de menos de 200 metros quadrados – ambos, aliás, nem mesmo de sua propriedade.

Num esquema de corrupção onde diretores de estatal recebiam dezenas de milhões de dólares, onde um simples gerente da Petrobras, como Pedro Barusco, acumulou R$ 100 milhões, vai-se acusar o homem que detinha poder sobre toda a máquina do Estado por pedalinhos, bote de lata e a conta de um guarda-móveis, aliás tudo ocorrido após o seu mandato?

Quando algo não parece fazer sentido, procure um. Porque nada, mesmo o que parece sem sentido, acontece sem ter um.

E, neste caso, o sentido real é pior do que o imaginário, nonsense.


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