Por Fernando Brito
O jornalista e editor Luiz Fernando Emediato publica em seu
Facebook um artigo que toca numa questão que, volta e meia, abordo aqui.
Não tem sentido, não tem lógica que um homem que, durante
oito anos, dirigiu um governo e teve poder sobre as estatais da sétima economia
do mundo seja acusado de ter operado, no governo, para obter vantagens nas
obras de um sítio, ou de um apartamento de menos de 200 metros quadrados –
ambos, aliás, nem mesmo de sua propriedade.
Num esquema de corrupção onde diretores de estatal recebiam
dezenas de milhões de dólares, onde um simples gerente da Petrobras, como Pedro
Barusco, acumulou R$ 100 milhões, vai-se acusar o homem que detinha poder sobre
toda a máquina do Estado por pedalinhos, bote de lata e a conta de um guarda-móveis,
aliás tudo ocorrido após o seu mandato?
Quando algo não parece fazer sentido, procure um. Porque
nada, mesmo o que parece sem sentido, acontece sem ter um.
E, neste caso, o sentido real é pior do que o imaginário,
nonsense.
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