segunda-feira, 28 de março de 2016

A FEIRA NO SÉCULO XIX

Feira ontem, 1887

"24 de Novembro - Virgílio Tupinam, cujo nome está ligado a história da imprensa feirense, distribui nesta cidade um folheto de versos humorísticos em que ha referencias à alta dos gêneros de primeira qualidade. Transcrevemos desse folheto:

O fumo não apparece,
isso de fumo é fumaça.
Do mel pra fazer cachaça
Nem por isso o preço cresce.
A farinha sobe e desce;
Trêz vintens, meio tostão
Cada litro raso a mão,
Não parece caçoada?...
O que'stá  dando pancada
É a carne do sertão,

Trinta vintens cada kilo,
Arroba oito e quinhentos
Si Deus não mudar os ventos
P'r'o povo mudar d'estylo
E comer d'isso ou d'aquilo
Até que a chorela caia
A creoula vende a saia
Para que comer comprar;
Só tendo p'ra variar
Bacalhao, bagre ou arrais

(Vida Feirense na Folha do Norte  de 24 de Novembro de 1951)

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