Por Wagner Iglecias
É curiosa a trajetória de Renan
Calheiros. Se não me equivoco, ele surgiu para a vida nacional como braço
direito de Fernando Collor, em 1989, num certo "Partido da
Juventude". Foi um dos grandes articuladores da candidatura presidencial
do então desconhecido governador de Alagoas, alçado pela Rede Globo e pela
direita brasileira toda (a exceção foi Mario Covas, que apoiou Lula no 2°
turno) para barrar a chegada do PT ao poder.
Com o fracasso do governo Collor,
ocorrido pouco tempo depois, se bem me lembro, Renan Calheiros submergiu.
Voltou à tona alguns anos mais tarde, apoiando, já no PMDB, o governo de FHC.
Chegou, inclusive, a ser Ministro da Justiça do governo tucano.
Em algum momento posterior, com o
declínio do projeto tucano de poder, atravessou a ponte e foi ter-se com Lula.
Apoiou o governo do presidente metalúrgico, especialmente em seu segundo
mandato. Continuou a travessia como aliado da primeira Dilma e, se minha
capacidade de leitura do ambiente político não estiver muito falha, acho que
inclusive matou várias bolas no peito no Senado no sentido de livrar a
presidente (ok, alguns preferem presidenta) de muitas situações delicadas.
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