quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

RENAN CALHEIROS VOLTA À OUTRA MARGEM DO RIO

Por Wagner Iglecias

É curiosa a trajetória de Renan Calheiros. Se não me equivoco, ele surgiu para a vida nacional como braço direito de Fernando Collor, em 1989, num certo "Partido da Juventude". Foi um dos grandes articuladores da candidatura presidencial do então desconhecido governador de Alagoas, alçado pela Rede Globo e pela direita brasileira toda (a exceção foi Mario Covas, que apoiou Lula no 2° turno) para barrar a chegada do PT ao poder.

Com o fracasso do governo Collor, ocorrido pouco tempo depois, se bem me lembro, Renan Calheiros submergiu. Voltou à tona alguns anos mais tarde, apoiando, já no PMDB, o governo de FHC. Chegou, inclusive, a ser Ministro da Justiça do governo tucano.


Em algum momento posterior, com o declínio do projeto tucano de poder, atravessou a ponte e foi ter-se com Lula. Apoiou o governo do presidente metalúrgico, especialmente em seu segundo mandato. Continuou a travessia como aliado da primeira Dilma e, se minha capacidade de leitura do ambiente político não estiver muito falha, acho que inclusive matou várias bolas no peito no Senado no sentido de livrar a presidente (ok, alguns preferem presidenta) de muitas situações delicadas.

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