Até 1970, comissões organizadoras se
encarregavam de fazer a micareta. Em 1971, prefeito empossado, Newton Falcão encerrou
aquele modelo e a Prefeitura assumiu a
festa.
Criou um Departamento de Turismo
e nomeou Arlindo Pitombo, professor, historiador, desportista, mas também um
grande compositor de marchinhas de antigas micaretas.
Com a decisão, Newton acabou com
o tempo do famoso “Livro de Ouro”.
A micareta aconteceu de 16 a 20
de abril. Os carros alegóricos, trios, blocos, batucadas, escolas de samba,
cordões, entre eles o Ali Babá, comandaram a festa de rua, todos recebendo
ajuda financeira da Prefeitura.
Duas semanas antes, domingo, 4, a
cidade foi tomadas pelo clima micaretesco.
Naquele dia, nos salões da
Euterpe Feirense, Oydema Ferreira coordenou o concurso para a escola de rainha e
princesas.
Quando foi anunciado o nome da vencedora,
Maria Suely Pinheiro de Castro, candidata do bloco Os Psicodélicos, o colorido
das mortalhas tomou conta dos salões e todos cantaram numa só voz:
Angústia, solidão/Um triste adeus
em cada mão/Lá vai, meu bloco vai/Só desse jeito é que ele sai/Na frente sigo
eu/Levo um estandarte de um amor/Amor que se perdeu/No carnaval lá vai meu
bloco/E lá vou eu também/Mais uma vez sem ter ninguém/No sábado e
domingo/Segunda e terça-feira/E quarta-feira vem/O ano inteiro é sempre
assim/Por isso quando eu passar/Batam palmas para mim...
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