quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

GERALDO VANDRÉ FALA SOBRE INDÚSTRIA CULTURAL E DITADURA

Questionador e provocativo, Vandré fala de política, arte e reflete sobre a indústria cultural

Em entrevista exclusiva ao Paraíba Já, ele mescla os conceitos de política e arte, e, critica o mercado musical e o público consumidor.
Geraldo Vandré voltou a João Pessoa depois de 20 anos afastado da sua cidade-natal.  A última vez que viera a capital paraibana foi em 1995, ministrar uma aula magna na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba. Vandré é advogado de formação, concluiu Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1961. A música, porém, foi algo que consumiu seu tempo, sua energia, seus esforços. Em 1966, com a música Disparada, composta por ele em parceria com o músico Theo de Barros e interpretada por Jair Rodrigues, venceu o primeiro lugar do II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), empatada com A Banda, canção de Chico Buarque, então jovem cantor e compositor ainda pouco conhecido.

Foi também pelo seu trabalho como músico que Vandré foi perseguido pela Regime Militar do Brasil. Sua cançãoPra Não Dizer Que Eu Não Falei das Flores, também conhecida como Caminhando e Cantando, se tornou um hino da resistência à ditadura. Por causa dela, Vandré foi perseguido e teve de se exilar do Brasil, assim como outros artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Voltou ao país em 1973, mas ao contrário dos outros artistas citados, Vandré abandonara a carreira musical. Deste então vive recluso, fazendo raras aparições públicas. Passou mais de duas décadas sem dar entrevistas, quebrando o silêncio numa histórica entrevista concedida ao jornalista Geneton Moraes Neto. AQUI

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