A retirada dos financiamentos empresariais pode representar a verdadeira possibilidade de se eleger Congressos com a cara do povo e não das suas elites.
Por Emir Sader
Nos sistemas políticos representativos, os cargos executivos
representam a maioria da população. Os legislativos deveria representam as
distintas posições em suas devidas proporções, espelhando a diversidade –
social, politica, cultural – da sociedade.
No entanto, não há nada mais oposto à cara da sociedade
brasileira do que a composição dos parlamentos, a todos os níveis. É como se os
congressos fossem a sociedade invertida: há muito mais parlamentares
representando o agronegócio do que as trabalhadores rurais enquanto que, na
realidade do campo, são milhões de trabalhadores trabalhando a terra por um
lado e um punhado de donos de agronegócio por outro.
Acontece que, entre a realidade concreta e essa
representação invertida intervém o poder do dinheiro, produzindo todas essas
distorções. Se os grandes temas discutindo pelo Congresso fossem debatidos e
definidos pela sociedade realmente existente, frequentemente as resoluções
seriam o oposto do que os parlamentares decidem. LEIA MAIS
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