sexta-feira, 12 de junho de 2015

PORQUE CRISTO FAZ MAIS SENTIDO CRUCIFICADO NA PARADA GAY DO QUE NA FAIXA NA CABEÇA DE NEYMAR

Uma imagem chocou parte dos cristãos no domingo: uma atriz transexual crucificada como Jesus Cristo num carro na parada gay de São Paulo. Como de costume, oportunistas como o deputado Marco Feliciano fizeram barulho. “Pegaram os símbolos da minha fé, da fé cristã, e expuseram publicamente num ato de completa falta de respeito”, disse ele, num vídeo, pedindo providências.
Acontece que parece estar escapando a esses cristãos uma ideia muito central na sua própria fé: a do acolhimento e transcendência na mensagem de seu deus. Como alguns cristãos explicaram, não se trata de um embate vulgar de símbolos, como se fosse a adesão a alguma torcida mundana.

Ricardo Alexandre, jornalista pop protestante, escreveu com propriedade: “o cristianismo é baseado na graça. É uma das únicas doutrinas comuns entre católicos, protestantes, evangélicos, pentecostais, anglicanos, episcopais etc. Na verdade, o escritor C.S. Lewis dizia que a graça é o grande elemento que distingue o cristianismo de todas as outras religiões. Graça é, por definição, imerecimento. É um movimento de amor em direção aos que não merecem ser amados. Os cristãos acreditam que foi isso que Deus fez pelos seres humanos, e os apóstolos diziam que é isso o que devemos fazer uns pelos outros. Ou seja: os discípulos de Jesus respeitam mesmo (ou talvez especialmente) quando não são respeitados”.

E RA segue com uma colocação histórica interessante “Foi isso que motivou o grande racha entre o cristianismo e o judaísmo, ainda no primeiro século, quando os seguidores de Jesus se negaram a reagir com violência contra os romanos que, comandados por Tito, devassaram Jerusalém, colocaram abaixo o maior dos símbolos da sua fé (o templo) e ainda cunharam um das frases mais cruéis já proferidas por um comandante vencedor: ‘não há mérito em vencer um povo abandonado por seu próprio Deus’. Os cristãos do primeiro século se lembravam de seu mestre abolindo o ‘olho por olho e dente por dente’”. CONTINUE LENDO

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