sexta-feira, 12 de junho de 2015

O ESCÂNDALO “VIÚVA PORCINA” QUE O GLOBO “DENUNCIA” NO ITAMARATY

Por  Fernando Brito

Ainda não entendi onde está o “escândalo” noticiado hoje por O Globo, com a “revelação” de um memorando em que um funcionário de 4° escalão do Ministério das Relações Exteriores, diplomata de carreira, pergunta a um funcionário de 3° escalão se é conveniente reavaliar o grau de classificação de “reservado” que tratem das viagens do ex-presidente Lula ao exterior.

Eu sou do tempo em que havia até um personagem de Agildo Ribeiro que usava o bordão “perguntar não ofende”.

A reclassificação não foi feita e, nos termos da lei, só poderia ser feita pelo próprio Ministro, pois os funcionários em questão sequer têm poder para classificar documentos como secretos.

Portanto, toda a notícia se baseia, para continuar nas metáforas televisivas, no jornalismo “Viúva Porcina”, novela cujo subtítulo era “a que foi sem nunca ter sido”.

Mas o que o jornal especula, grifo eu, se desmancha no que ele próprio escreve:

Se a reclassificação cogitada pelo DCD for feita, os documentos requeridos pelo jornalista passarão a ter o sigilo estendido em até dez anos”.

“Se”, “cogitada”, “for feita”.

Viúva Porcina, puro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário