segunda-feira, 22 de junho de 2015

MORO E A “BASTILHA” (AO REVÉS) DA MÍDIA, POR LJUCIANO MARTINS COSTA


Por Fernando Brito

Um dos melhores e mais argutos olhares sobre a mídia, o de Luciano Martins Costa, aponta hoje, em seu programa no Observatório da Imprensa, um efeito evidente – mas pouco ou nada comentado –  da cobertura dada à prisão de dirigentes de empresas na “Lava Jato”: a execração pública que leva à condenação prévia dos acusados.
Luciano mostra a mecânica ditatorial que funciona neste processo, ampliando – até o avassalamento, muitas vezes – o poder discricionário dos “agentes da lei” e de um juiz.
Errada, certa, fundada ou não, as razões acusadoras se tornam uma verdade absoluta, à qual negar se torna, na prática, uma heresia.
Um “espírito da Bastilha” ao revés: em lugar da revolução, a restauração dos velhos poderes políticos.
Antes do trecho que reproduzo (a íntegra está aqui) , ele propõe um raciocínio simples:” (…) alguém tem dúvida de que, se o empresário Marcelo Odebrec
ht estivesse sendo investigado por obras no metrô de São Paulo, ele estaria respondendo a um eventual processo em liberdade?”

A única ditadura que ameaça – ou mais que isso, se implanta, agora – o Brasil é a da mídia.

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